13 de abril de 2012

Mãe Sangue



Mãe Sangue, qual o Anjo que me chama?
Qual o que me apoquenta em meus retiros?
Qual desses me quer arrastar prá lama?
Será um dos que chamas de vampiros?

Embebedam-me a alma com suspiros…
Sofro, já todo o meu corpo reclama
Fortemente alvejado com os tiros
Daqueles que dormem em tua cama!

Obriga-os de vez a desistir
Deixem de morder podre carapaça…
Deste corpo que se está a esvair

Não vês que acentuas minha desgraça?
Pilatos és, mas continuo a ouvir!
Diz Mãe Sangue, que queres tu que eu faça?

30 de abril de 2011

Negro Vadio


Negro vadio. Sou cão sem valor

Tormento sombrio, espalho esta dor

Uivo prá lua desorientado

Não me responde, fico amordaçado!


Negro vadio. Estou acorrentado,

Sempre sarnento, eu sou torturado!

Com medo do escuro sinto o terror,

Das sombras da noite eu tenho pavor!


Eu sou mal-amado por toda a gente!

Liberto este odor abafadamente,

Meu cheiro malévolo é detectado.


Cão moribundo, sou pontapeado,

Meu pêlo rançoso é desprezado!

Abandono o Amor e sigo em frente…


Ass: #

In: Insónias Diferentes

Etiquetas:

28 de abril de 2011

tanto tempo...


Quase um ano se passou e eu... desaparecido!
Em primeiro lugar, quero pedir desculpa a todos os meus "diferentes" amigos....
Em segundo lugar, quero informá-los de que, grande parte dos sonetos que escrevi neste meu Blog, deram origem à edição de um "livro" com 50 sonetos.
Obrigado a todos pelo carinho e apoio que me deram!
Agora à minha querida Mestra... A MÃEZINHA... Dona Graça: Pois eu sou um dos seus pintainhos... O Jorge da secretaria, lembra-se?
Mil beijos e... estou de volta!

Ass: Diferente.

14 de junho de 2010

Tu...


Nua estavas tu deitada em meu leito,
Ao ver-te assim meu corpo estremeceu
Tentei de manso encostar-te meu peito
Gemeste e aí meu fogo arrefeceu.

Porém o desejo me enlouqueceu,
Sem permissão, beijei-te a meu jeito
Senti tua alma que agradeceu
Grande momento este, tão perfeito!

Teus seios toquei eu com os meus dedos
Confesso, entusiasmado me senti
De acordar-te, alertaram-me meus medos

Beijei-os de leve, não resisti
Ao venerar-te soltei eu meus segredos,
No paraíso eu adormeci!

ASS: Diferente

22 de maio de 2010

Amaldiçoado...


Amaldiçoada vida que levo,
Mil vezes sejas amaldiçoada.
Dor enorme que sinto quando escrevo...
Pesadelo que não presta pra nada!

Em carcaça escondida, atraiçoada
Vive alma que foge deste relevo.
Foi por diversas vezes atraiçoada,
Má sorte que a relatar não me atrevo!

Vai chorando alma à porta do sepulcro,
De nada te vale, ninguém te liga,
Pois teu lamento não tem qualquer fulcro!

Sentindo tu uma certa fadiga,
Chamas por ti mesma com teu tom pulcro,
Aceitas a sina que te castiga!

ASS: DIFERENTE