Quando eu morrer...
Quando eu morrer lancem alguns foguetes
Festejai vós esse acontecimento!
Fazei soar o som dos clarinetes,
Enviai a notícia pelo vento.
Lograi pelas ruas muito contentes,
Que todos danceis sem nenhum lamento.
Libertai-vos presos dessas correntes,
Acabou, por fim, o vosso tormento!
Não penseis em mim, nem ouseis sequer!
Comei e bebei, festejai-o bem
Fazei aquilo que vos apetecer!
Tende na memória a imagem porém,
Da tenebrosa sina do meu ser,
Lembrai-vos de mim como um Zé-Ninguém!
ASS: Diferente
5 Comentários:
Um Zé-ninguém poeta de quem nós gostamos!
Que pensamento mais morbido!...
Poema soturno, mas belo nas palavras.
Sonhadora
Apesar da melancolia e diria até apesar da tristeza, está divinal! Escreves fantásticos sonetos!! Ricos em imagens e cheios de significado...
O tema não se ama nem se lê agradavelmente, mas é uma verdade. Nascemos e morremos.
Há países onde isso é festa e aceita-se com outro olhar que não o nosso europeu.
O poema está riquíssimo.
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