29 de abril de 2009

Amar-te de forma diferente...













faz lá o que quiseres da minha vida
pra mim já ela não serve de nada
mutila-me, deixa-me sem saída
pobre alma minha não é mais sagrada

triste sina tenho na despedida
sangra-me se estiveres desesperada
por favor não cures a minha ferida
jamais fraquejarei por minha amada

ó vida malvada eu já não sou teu
insistes tu em fazer-me sofrer
rasga de uma vez este corpo meu

não tenhas pena deste triste ser
desta carne que um dia viveu
pois por minha amada eu quero morrer...

ASS: Diferente

27 de abril de 2009

Sou eu.


Eu sou aquilo que sou, por defeito
Poeta não, isso nunca serei.

Jamais insulto quem trago no peito

Camões, Bocage, Pessoa ou outro rei!

....

Negar isto que sinto eu já tentei
Blasfemei quantas vezes a meu jeito

À míngua minha alma eu deixei

Desisti e voltei por desrespeito...

....

Não mais conseguiria adormecer

A negar este vício, esta ansiedade

Pra me negar, mais vale não viver!

....

Te juro agora sobre esta verdade

Nunca mais eu deixarei de escrever,

Nobre esta escrita, minha liberdade!

.

ASS: Diferente

23 de abril de 2009

Poema à Liberdade... (a dos outros)

Queria libertar-me e não consigo
Desta preocupação que me consome!
Eterno pesadelo e mal antigo,
Lume tambor e grito em minha fome

Dentro de mim há multidões gritando
Famintas de justiça, paz e amor!
Sempre os outros por quem eu vou lutando...
Como dói ser poeta e sonhador!

Existe um muro alto onde não chego
A emparedar-me o sonho e a razão...
Não é jamais possível ter sossego
Enquanto me pulsar o coração...

Sei que arrisco demais, que é ousadia
Mas cumpro o meu destino como devo!
Se esta preocupação me contraria,
É por ela que eu luto e que eu escrevo!

TENHO POR ARMA O CANTO DA POESIA
ACESO EM MINHA VOZ E NOS MEUS VERSOS!
MAS DE QUE SERVE A MINHA TEIMOSIA?
SE EM VEZ DE UM UNIVERSO HÁ UNIVERSOS!
ASS. Diferente
Viva o 25 de Abril

20 de abril de 2009

SONETO À TRISTEZA


Ó tristeza minha que me angustias

Serás Boa? Serás má? Sei lá eu...

Não fosse eu tão triste e até seguirias

Queres libertar-te do mundo meu!

...........................................

Não posso deixar que vás como querias

Quem seria então o companheiro teu?

Não me abandones com estas manias

Deixa-me sofrer com o que Deus me deu!

...............

Poderei eu dar-te essa liberdade?

Que farias tu nessa solidão?

Morreria eu com tanta saudade...

.....................

E tu sofrerias, contudo em vão...

Não me roubavas mais felicidade

Terias consolo com quem então?

ASS: Diferente

13 de abril de 2009

etc...


Cada dia que passa menos compreendo esta coisa a que chamamos vida. A minha vida, a tua vida, a nossa vida, …, a vida do Homem, a vida do planeta...
No momento em que me encontro nada disto faz sentido. Talvez este momento de revolta interior me leve, estupidamente quem sabe, a reflectir friamente sobre o estado da civilização actual.
Senão vejamos:
Semanalmente assistimos a campanhas de sensibilização ambiental em todos os meios de comunicação social, o que é certo é que cada vez existem mais carros nas ruas, mais indústrias poluentes, mais pessoas a pôr lixo nos locais impróprios...
as campanhas anti-tabagismo e os estabelecimentos continuam a vender tabaco a menores. A violência doméstica e todos conhecemos alguém que dá ou já deu um par de estalos na parceira e... nada fizemos. As campanhas contra o uso excessivo de álcool e... é só ir a uma queima das fitas ! “Beba com moderação”. Ridículo. Ao lado uma Tasquinha que diz: “Beba quatro e pague três”. Quem patrocina tudo isto?
Quase diariamente somos invadidos com imagens de pobreza, de fome mundial... nesse momento sentimos um aperto no coração e... uma hora depois estamos a aplaudir um sujeito que corre com uma bola e ganha milhões de euros. É incrível como glorificamos esse sujeito quando mete a bola dentro da baliza adversária. Nós que até temos pena dos pobrezinhos que morrem com fome, neste momento achamos que este sujeito deveria ganhar mais porque fez um golo.
Nós que por coisas banais, como o futebol, somos capazes de esquecer os nossos valores, ignoramos anos de amizade e insultamos (ainda que mentalmente) aquele grande amigo só porque este festejou o golo da equipa adversária à nossa. Tanto mais tinha eu que escrever mas fico por aqui. Acho que vou fazer algo de útil pela sociedade... vou ver se já começou o jogo de futebol.
Que hipócrita sou eu afinal?

ASS: Diferente

9 de abril de 2009

Sinto...



Sinto-me estranhamente feliz. Sei que é muito bom estar assim mas parece que tenho medo que toda esta felicidade seja um sinal que, repentinamente, se possa transformar em algo de mau para mim ou para os meus.
Gostava de poder desfrutar deste sentimento tão lindo, desta felicidade tão boa, mas parece que tenho sempre algo a soprar-me coisas menos boas, ou mesmo tenebrosas ao ouvido.
Não deveria ser assim. Gostava que esta coisa que me vai moendo a alma, me vai amedrontando partisse por todo o sempre.
Sinto a tua presença, o teu conforto. Sinto o enraizamento do teu ser dentro de mim, mas...
Poderei viver assim?

ASS: Diferente